quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Canção do Exílio







Então. Nesse dias entediantes e ociosos que eu passei, conheci algumas pessoas. Poucas pessoas, não vou mentir, mas eu queria falar de um deles. O Exílio.
Exílio era um carinha triste que passava dia e noite olhando pro Sol, ou pra lua, sentado num banquinho de madeira que ele fez com a madeira que sobrou do caixão da mãe (ela morreu sem as pernas, aí sobrou um espacinho, sabe como é né?) tagarelando uma musiquinha, que ele fez pra uma mulher.
Era mais ou menos assim:

"Assunção Assunção
Essa saudade que me despertas
Não cabe nesse coração

Por que não me levas
Pra perto do teu chamego
Perto do teu carinho
E perto do teu aconchego?

O pior é esse desespero
E saber porque me desespero
Me desespero porque te quero
E Sei que não podes me levar

Eu sei que não podes me levar
Tu sabes que não podes me levar
Não podes me levar
Não podes me levar ...

... Pra dentro dos meus sonhos."

E assim foi, por 15 longos dias, e o Exílio sumiu, talvez tenha morrido, ou talvez tenha ido sonhar em algum outro lugar.
Eu não sei porque eu escrevi isso.


Mas é a mais pura verdade.